CAR-T em doenças neurológicas: evidências e estudos em andamento
Dando continuidade à quarta sessão do II Colóquio Nutera, intitulada “Expandindo as indicações — CAR-T em doenças imunomediadas”, o Prof. Dr. Diego Villa Clé ministrou a palestra “CAR-T em doenças neurológicas”, na qual abordou estudos em andamento sobre esclerose múltipla, miastenia gravis e neuromielite óptica.
O professor é médico hematologista, leciona na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e coordena o Núcleo de Terapia Avançada (Nutera RP). Ele também lidera o estudo clínico CARTHEDRALL, que utiliza células CAR-T produzidas no Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP.
Durante a apresentação, o pesquisador mostrou como o uso das células CAR-T tem aberto novas possibilidades de tratamento para doenças neurológicas, especialmente em pessoas que não respondem aos procedimentos convencionais. As propostas ainda estão em fase inicial, com destaque para ensaios realizados na China e nos Estados Unidos, mas os primeiros resultados são promissores.
Esclerose múltipla, miastenia gravis e neuromielite óptica são doenças autoimunes, ou seja, ocorrem quando o próprio sistema de defesa do corpo ataca partes do organismo. A esclerose múltipla afeta o cérebro e a medula espinhal, causando sintomas como fraqueza, cansaço e problemas de visão. A miastenia gravis prejudica a comunicação entre nervos e músculos, levando à fraqueza muscular. Já a neuromielite óptica atinge principalmente os nervos dos olhos, podendo causar perda de visão.
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), intitulado “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes”, foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto. O evento reuniu renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado, em formato de série, no canal do YouTube do Hemocentro RP.
Terapia celular além do câncer: CAR-T em doenças imunomediadas!
A quarta sessão do II Colóquio Nutera, intitulada “Expandindo as indicações—CAR-T em doenças imunomediadas”, mudou o foco onco-hematológico para discutir o uso da terapia celular em doenças reumatológicas e neurológicas. A Profa. Dra. Maria Carolina de Oliveira Rodrigues ministrou a palestra “CAR-T em doenças reumatológicas”, onde abordou estudos com o lúpus eritematoso sistêmico, a miopatia inflamatória e a esclerose sistêmica.
Docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), coordenadora do programa de pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada e pesquisadora principal do CTC-USP, a cientista possui ampla experiência em iniciativas na área de terapia celular para doenças autoimunes e inflamatórias.
O Hemocentro de Ribeirão Preto vai receber um investimento de mais de R$ 7 milhões para a realização de um estudo clínico com foco no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico, por meio de células CAR-T. A proposta foi aprovada no fim de 2024, com a maior nota entre os participantes da chamada “Genômica e Saúde Pública de Precisão”, promovida pelo CNPq, Genomas Brasil, Ministério da Saúde e Governo Federal, e deve ser iniciada nos próximos anos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória crônica, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (ao longo de meses) ou mais rapidamente (em semanas), alternando entre fases de atividade e remissão.
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera): “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes” foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto, e reuniu renomados pesquisadores, que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o encontro foi gravado na íntegra e, agora, será divulgado em série no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.
Pesquisa Fapesp destaca avanço da terapia CAR-T nacional, com recrutamento de pacientes aberto
A Revista Pesquisa Fapesp publicou uma reportagem completa e rica em informações sobre o Estudo Clínico CARTHEDRALL, que utiliza a inovadora terapia celular CAR-T, desenvolvida no Hemocentro de Ribeirão Preto, em parceria com o Instituto Butantan. A iniciativa está em sua segunda fase, após aprovação da Anvisa. Clique aqui e confira a matéria!
A pesquisa tem como objetivo tratar 81 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B (LLA) ou linfoma não Hodgkin de células B refratários, utilizando células CAR-T produzidas no Núcleo de Terapia Avançada de Ribeirão Preto (Nutera RP). A meta é oferecer futuramente esse tratamento de forma gratuita pelo SUS.
A boa notícia é que o recrutamento de pacientes já está aberto nos cinco centros de referência onde o estudo é conduzido e, no momento, não há filas de espera para participar. Os centros são:
• Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), em Ribeirão Preto;
• Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas;
• Hospital das Clínicas da FMUSP, Hospital Sírio-Libanês e Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
O contato com os centros deve ser feito exclusivamente pelos médicos responsáveis pelos pacientes. Mais informações: https://nuterarp.org/pacientes/
Atenção: o CAR-T produzido no Nutera RP é específico para combater um alvo chamado CD19, uma proteína presente nos dois cânceres hematológicos citados acima. Dessa forma, esta imunoterapia não é eficaz para outros tipos de câncer.

As células NK e o desafio do combate à leucemia mieloide aguda
“É desafiador tratar pacientes com diagnóstico de leucemia mieloide aguda (LMA) recidivada/refratária (quando a doença retorna e não responde ao tratamento inicial).” Foi assim que a Dra. Lucila Kerbauy, coordenadora médica da Terapia Celular Avançada do Hospital Israelita Albert Einstein, iniciou sua segunda participação no II Colóquio Nutera, desta vez com o tema “Novos tipos celulares”.
No entanto, como destacado em outras palestras do evento, o cenário da terapia celular traz novas perspectivas para o combate e o tratamento da doença. Esse tipo de câncer afeta as células da medula óssea, levando à produção descontrolada de glóbulos brancos, que acabam substituindo as células saudáveis e causando sintomas como fadiga, infecções frequentes e sangramentos.
As células NK (Natural Killer) são uma poderosa arma do nosso organismo no ataque a infecções e outras ameaças, devido à sua citotoxicidade inata, capacidade natural de reconhecer e destruir células anormais. Na palestra “Células NK não-modificadas para LMA”, a pesquisadora destacou algumas vantagens da imunoterapia, entre elas o caráter alogênico, quando o procedimento utiliza células de doadores saudáveis e prontas para uso, e a eliminação da doença do enxerto contra o hospedeiro, uma condição grave que ocorre quando as células-tronco do doador atacam o organismo do receptor.
Além disso, a engenharia genética também tem mostrado resultados pré-clínicos promissores em cânceres hematológicos, tumores sólidos e infecções virais, com maior eficácia e menos efeitos colaterais.
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), intitulado “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes”, foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto. O evento reuniu renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado, em formato de série, no canal do YouTube do Hemocentro RP.
Novos tipos celulares ampliam as fronteiras da imunoterapia!
Os “Novos tipos celulares” no enfrentamento do câncer são o tema da terceira sessão de palestras do II Colóquio Nutera. A Dra. Virginia Picanço e Castro, coordenadora técnico-científica do Hemocentro de Ribeirão Preto, apresenta os avanços alcançados com as células CAR-NK.
As células NK (Natural Killer) são uma poderosa arma do nosso organismo no combate a infecções e ameaças. Elas têm o potencial de causar menos reações adversas do que os linfócitos T (utilizados na produção das células CAR-T).
As pesquisas com células CAR-NK (modificação genética das células NK para combater um alvo específico) têm demonstrado importantes respostas antitumorais. À frente do Laboratório de Biotecnologia, a Dra. Virginia é uma das responsáveis por trazer novos avanços à área, com o desenvolvimento de um vetor de quarta geração que potencializa a eficácia da terapia.
A iniciativa pode oferecer um complemento ao tratamento com células CAR-T, já em estudo clínico. A abordagem alogênica, ou seja, quando o procedimento utiliza células de doadores saudáveis e prontas para uso, permite um acesso mais rápido e seguro ao tratamento. Isso tem impacto positivo, especialmente para pacientes que não podem aguardar a produção das células CAR-T (personalizadas, de custo elevado e produção complexa), pois já se encontram em estado grave ou não possuem células T em bom estado.
Investimento em inovação, com retorno para o SUS
O Hemocentro de Ribeirão Preto, com o apoio do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), vai receber um investimento de quase R$ 50 milhões para o desenvolvimento da imunoterapia, com o objetivo de implantar um estudo clínico voltado ao tratamento de leucemias e linfomas. O incentivo foi aprovado em edital pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Finep e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), intitulado “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes”, foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto. O evento reuniu renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado, em formato de série, no canal do YouTube do Hemocentro RP.
Novas estratégias para o tratamento da leucemia mieloide aguda!
Hoje retomamos o tema Novos alvos em terapia celular, que integra a segunda sessão de palestras do II Colóquio Nutera. A Profa. Dra. Lorena Lôbo de Figueiredo Pontes, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), abordou as pesquisas com anticorpos anti-CD33 para o combate à leucemia mieloide aguda (LMA).
Esse tipo de câncer afeta as células da medula óssea, levando à produção descontrolada de glóbulos brancos que acabam substituindo as células saudáveis, causando sintomas como fadiga, infecções frequentes e sangramentos.
O cenário da terapia celular traz novas perspectivas para o tratamento dos pacientes. No Brasil, a sobrevida é comprometida por diversos fatores, como o acesso à terapia, questões socioeconômicas e a diversidade genética, que gera múltiplos alvos e rearranjos gênicos a serem enfrentados. O tratamento oferecido pelo SUS é baseado em quimioterapia intensiva, transplante de medula óssea e em poucas drogas-alvo.
À frente, em âmbito nacional, do Consórcio Internacional de Leucemia Mieloide Aguda, a Dra. Lorena Pontes é pesquisadora do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Hemoterapia e Biotecnologia da FMRP-USP e vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação em Oncologia Clínica, Células-tronco e Terapia Celular. Possui ampla experiência nas áreas de Hematologia e Oncologia.
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), intitulado “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes”, foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto. O evento reuniu renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado, em formato de série, no canal do YouTube do Hemocentro RP.
Reportagem da Folha de São Paulo destaca o trabalho científico desenvolvido no Nutera RP
🧬 Nutera RP: o futuro da terapia celular já começou no Brasil! 🇧🇷
A reportagem da jornalista Ana Bottallo, publicada no domingo (29/06) na Folha de São Paulo, traz um panorama do trabalho desenvolvido no Núcleo de Terapia Avançada – Nutera RP.
O que antes era um pequeno laboratório, hoje é o maior centro da América Latina para o desenvolvimento de terapias avançadas contra o câncer, evoluindo em estudos com as células CAR-T e CAR-NK.
Localizado em Ribeirão Preto (SP), o Nutera, vinculado à Universidade de São Paulo e ao Hemocentro de Ribeirão Preto, tornou-se referência internacional na produção em larga escala de células CAR-T para o tratamento de doenças como leucemia linfoide aguda, linfoma não Hodgkin e, futuramente, outras doenças autoimunes.
Com a expertise desenvolvida ao longo de décadas no CTC-USP, a pesquisa saiu da bancada e chegou aos testes clínicos aprovados pela ANVISA, como o Estudo Clínico CARTHEDRALL, que vai tratar 81 pacientes utilizando tecnologia 100% nacional, eficaz e mais acessível.
“É um exemplo prático do que a ciência pode trazer para a vida de cada brasileiro”, afirma o Prof. Dr. Diego Villa Clé, responsável pela iniciativa.
✅ Ciência, inovação e saúde pública caminhando juntas.
✅ Apoio de instituições como USP, Instituto Butantan, FAPESP, CNPq, Ministério da Saúde e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
✅ A única estrutura industrial desse porte na América Latina.
Clique aqui e leia a reportagem completa!

Novos alvos em terapia celular para o combate ao câncer, no II Colóquio Nutera!
Os “Novos alvos em terapia celular” foram o tema da segunda sessão de palestras do II Colóquio Nutera. Na abertura, o Prof. Dr. Keith Okamoto, do Instituto de Biociências da USP, abordou as pesquisas desenvolvidas para o combate a um grupo de tumores do sistema nervoso central, conhecidos por sua agressividade e pela escassez de estratégias terapêuticas disponíveis. Alguns exemplos são o meduloblastoma e o glioblastoma, ambos associados a baixa taxa de sobrevida dos pacientes.
O título do encontro, “Anti-GD3”, refere-se a anticorpos direcionados contra o gangliosídeo GD3, um tipo de molécula lipídica encontrada na membrana celular. Anticorpos anti-GD3 têm sido ligados a diversas condições, incluindo algumas formas da síndrome de Guillain-Barré e certos tipos de câncer.
Gangliosídeos são moléculas complexas presentes na superfície das células, especialmente nos neurônios, e desempenham papéis importantes na comunicação e sinalização celular.
À frente do Laboratório de Genômica Translacional (LGT), o Dr. Okamoto conduz pesquisas, desenvolvimentos e inovações com foco na biologia de células-tronco e câncer, incluindo estudos com células CAR-T e CAR-NK. O LGT integra o Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco da USP, colabora com diversas instituições e participa da Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC), com o objetivo de beneficiar a sociedade por meio da ampliação de competências nas áreas de biotecnologia e medicina regenerativa.
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), intitulado “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes”, foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto. O evento reuniu renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado, em formato de série, no canal do YouTube do Hemocentro RP. Assista abaixo!
Brasil e França unem forças em Terapia Celular contra o linfoma óculo-cerebral
Pesquisadores do CTC-USP/Hemocentro de Ribeirão Preto e do Institut Curie, da França, vão realizar um estudo clínico para testar uma nova imunoterapia com células CAR-T em pacientes com linfoma óculo-cerebral, um tipo raro de câncer que atinge cérebro e olhos.
Essa colaboração internacional promete mais do que ciência de ponta: ela prevê a transferência de tecnologia para o Brasil, com potencial de tornar o tratamento acessível pelo SUS no futuro.
A CAR-T é uma terapia inovadora baseada em linfócitos T modificados geneticamente para atacar células tumorais. Em Ribeirão Preto, o Nutera — primeira fábrica de CAR-T da América Latina — já produz a terapia voltada ao tratamento de leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B, com custo até 3x menor que o de tratamentos importados.
O projeto é fruto de anos de pesquisa apoiada pela USP e pela FAPESP, mostrando o impacto real do investimento em ciência no Brasil! A iniciativa foi apresentada na FAPESP Week França, em Toulouse, e visa tratar até 30 pacientes na nova fase do estudo.
Saiba mais na Agência FAPESP.

Na França, USP e FAPESP apresentam a inovação das startups de São Paulo em feira de tecnologia
Informações: Adriana Cruz
A USP e a FAPESP concluíram, com sucesso, a missão internacional do ecossistema de inovação e de startups na Feira VivaTech, um dos mais importantes eventos de tecnologia da Europa, que foi realizada no período de 11 a 14 de junho, na cidade de Paris.
Esta foi a primeira vez que as duas instituições participaram do evento, que recebeu, nos quatro dias de realização, mais de 180 mil visitantes de 171 nacionalidades diferentes, com a participação de 14 mil startups. No dia da abertura, o presidente da França, Emamnuel Macron, visitou a feira e, em sua palestra, enfatizou a importância da inteligência artificial para a Europa.
Em um estande de 100 metros quadrados, professores, pesquisadores e os representantes de 19 startups da USP e da FAPESP tiveram a oportunidade de apresentar aos visitantes tecnologias disruptivas nas áreas de saúde, agricultura, sustentabilidade, clima, energia, meio ambiente, mobilidade e inteligência artificial, além de ampliar conexões estratégicas, aumentar a visibilidade internacional de suas pesquisas e produtos e atrair novos investidores.
Um dos destaques brasileiros do encontro foi a participação do Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), que mostraram: os avanços da terapia celular CAR-T 100% nacional no tratamento de linfoma e leucemia; parcerias internacionais em pesquisas sobre doenças autoimunes; progresso nos estudos com as células CAR-NK, promissoras no combate ao câncer.
Saiba mais na reportagem do Jornal da USP.

Estudo CARTHIAE em destaque no “II Colóquio Nutera”
No segundo episódio do módulo “Células CAR-T em câncer hematológico: propostas brasileiras e avanços”, apresentado durante o II Colóquio Nutera, a Dra. Lucila Kerbauy, coordenadora médica da Terapia Celular Avançada do Hospital Israelita Albert Einstein, apresentou o Estudo CARTHIAE.
A iniciativa é focada no desenvolvimento de células CAR-T para o combate de neoplasias malignas de células B. As células T autólogas são modificadas geneticamente para expressar o receptor quimérico de antígeno (CAR), com o objetivo de tratar pacientes com neoplasias linfoides B CD19 positivo, refratárias ou recidivadas.
Até o momento, foram recrutados 11 pacientes, todos com pelo menos duas linhas terapêuticas anteriores e com alta carga tumoral. Cerca de 80% das pessoas atendidas são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo principal é avaliar a segurança e a definição da dose ideal de CAR-T anti-CD19 a ser ministrada.
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera): “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes” foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto, e reuniu renomados pesquisadores, que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado em formato de série no canal do YouTube do Hemocentro RP.
TV Hemocentro estreia série de palestras apresentadas no II Colóquio Nutera
O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera) – “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes” – reuniu, no dia 14 de abril, renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.
O rico material produzido durante o encontro foi gravado na íntegra e, agora, será divulgado em série no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.
Hoje, iniciaremos o módulo “Células CAR-T em câncer hematológico: propostas brasileiras e avanços”, com a palestra “CAR-T anti-BCMA: uma realidade para o SUS?”, ministrada pelo Prof. Dr. Vanderson Rocha, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e diretor-presidente da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo.
A iniciativa tem como foco o uso das células CAR-T no combate ao mieloma múltiplo, um tipo de câncer que se origina na medula óssea, onde são produzidas as células sanguíneas, incluindo os plasmócitos. Nessa doença, os plasmócitos tornam-se anormais e se multiplicam rapidamente, prejudicando a produção de outras células do sangue e causando lesões ósseas.
No Brasil, são registrados entre 4.800 e 5.200 novos casos de mieloma múltiplo por ano, em pacientes com idade média de 64 anos. O tratamento disponível pode incluir medicamentos para controlar o crescimento das células cancerosas, radioterapia para tratar lesões ósseas e, em alguns casos, transplante de medula óssea.
As células CAR-T são produzidas em laboratório a partir das células mais importantes do nosso sistema de defesa: as células T. Em seu estado natural, as células T, que nos protegem contra infecções e tumores, podem perder a capacidade de “enxergar” as células cancerígenas. Assim, o processo de produção das células CAR-T consiste em modificar as células T para que elas possam readquirir a capacidade de reconhecer células específicas do câncer e destruí-las.
Inauguração do CTC-USP ganha destaque em Coluna do Estadão
Em coluna publicada hoje (29/04) no jornal O Estado de S. Paulo, os professores Rodrigo Calado, coordenador do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), e Diego Clé, coordenador do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera RP), abordaram a inauguração do CTC-USP como um dos 11 Centros de Pesquisa e Inovação Especiais (Cepix) da USP, realizada no último dia 14/04.
Sediado no Hemocentro de Ribeirão Preto, o centro é resultado de mais de 20 anos de pesquisa sobre a biologia das células-tronco hematopoéticas e suas modificações, com foco em aplicações clínicas.
Os autores destacaram a importância do CTC-USP no combate ao câncer e o objetivo de tornar tratamentos com terapia gênica acessíveis à população por meio do SUS.
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Hemocentro de Ribeirão Preto celebra 35 anos com inauguração de centro pioneiro em terapia celular
A história dos 35 anos do Hemocentro de Ribeirão Preto é marcada por avanços científicos voltados à saúde da população. O dia 14 de abril de 2025 ganha destaque nessa trajetória tão significativa.
Mais de 200 espectadores — entre eles, pesquisadores e autoridades — presenciaram a inauguração do Centro de Terapia Celular como integrante dos Centros de Pesquisa e Inovação Especiais (Cepix) da USP e discutiram o presente e o futuro dos tratamentos contra o câncer e doenças autoimunes no “II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera)”.
Assista abaixo a uma reportagem especial, produzida pela TV Hemocentro, que resume essa data importante para a ciência brasileira.